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Backpacker: Berlim

julho 2, 2014

Nessa viagem, Berlim foi uma das cidades que de longe, eu mais amei conhecer. Berlim além de ser a capital, é a maior cidade da Alemanha com mais de 5 milhões de habitantes… É uma cidade que historicamente falando, muitas coisas e, em vários períodos importantes aconteceram na história tanto do país como no mundo e que possivelmente, vão ecoar por toda a eternidade (por mais que certos acontecimentos as pessoas de lá evitem um pouco de falar, por assim dizer).

Quando começamos a planejar nossa viagem eu queria muito conhecer Berlim. Porém pelo nosso roteiro, ficaria um pouco fora de mão mesmo que fôssemos passar pela Alemanha. Mas, “apertando” um pouco mais nos lugares que iríamos passar antes, conseguimos colocar Berlim no roteiro e foi um dos mais legais que passei. Pegando a parte da história mais recente, Berlim foi a capital do Terceiro Reich (1933-1945) e depois da Segunda Guerra Mundial, a cidade foi dividida entre Berlim Oriental (RDA) e Berlim Ocidental (RFA). A queda do muro de Berlim aconteceu em 1989, mas a cidade só foi unificada novamente em 1990. Na Primeira Guerra Mundial, Berlim não sofreu tanto com os reflexos da guerra, mas já na Segunda Guerra, a cidade foi completamente destruída pelos bombardeios. Tanto que muitos monumentos históricos que sobreviveram a guerra, é possível até hoje – se você observar com mais atenção, ver buracos de bala espalhados por vários deles (e isso me impressionou bastante). Por toda a cidade, há edifícios modernos, mas há também ruínas marcadas pelas guerras em meio de muita história, é fascinante ver como tudo isso foi se misturando com o passar dos anos.

1453

Berlim é abarrotado de lugares pra conhecer, ficamos 3 dias lá e ainda ficou pra trás muita coisa que eu gostaria de ter visitado, mas não fui por questão de tempo mesmo, então vale a pena você montar um roteiro de passeios antes e ler muito sobre a cidade, pra quando chegar lá ver tudo com olhos mais apurados. O transporte é muito eficaz, principalmente o metrô e com ele como aliado, dá pra ganhar bastante tempo, embora muita coisa é muito mais emocionante fazer a pé – como seguir o caminho do parque Tiergarten e chegar no Portão de Brandemburgo, isso é sensacional. Com lugares que você TEM que conhecer, eu recomendo: Praça Alexanderplatz, Portão Brandemburgo que é o maior símbolo da reunificação alemã, Checkpoint Charlie, a catedral Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis, Bebelplatz muito famosa pois foi ali que aconteceu a queima de livros promovida pela SS, o Memorial às Vitimas do Holocausto, o East Side Gallery que é parte mais preservada aonde passou o muro de Berlim, Museu da Topografia do Terror que, aliás, todos esses que citei até agora, você não paga absolutamente nada pra visitar. E mesmo alguns como o monumento Siegessäule que é um obelisco histórico lindo, a Ilha dos Museus, a Nova Sinagoga reconstruída após a Segunda Guerra (que era BEM na rua do nosso hostel), são passeios pagos, mas não são caros e vale super a pena conhecer.

Também visitei um campo de concentração, o segundo no meu currículo de viajante. Minha ideia quando escolhi Berlim, era de fato! – fazer esse tour mais ligado a Segunda Guerra, mas conhecer mais um campo, a princípio, nem estava muito nos planos do Rick e na verdade nem nos meus, porém conhecemos no nosso hostel a Amanda e o João – brasileiros viajantes também, que nos perguntaram sobre campos de concentração e no fim, fomos nos 4 juntos até o Campo de Sachsenhausen. De trem fica mais ou menos uns 40/50 minutos de Berlim e é bem fácil de chegar até ele. O Campo de Sachsenhausen foi construído em 1936, destinados a princípio para presos políticos, mas em 1938 foram levados para lá milhares de judeus, e entre 1940/41, milhares de polacos e militares soviéticos também… Estima-se que cerca 200 mil pessoas aproximadamente passaram em Sachsenhausen e foram submetidas as várias formas horríveis de crueldade que, quem já leu um pouco sobre a Segunda Guerra, pode imaginar o horror que foi. O sistema do campo é muito parecido com o de Dachau que conheci em 2011 e embora eu tenha achado Dachau mais sinistro em muitos aspectos, Sachsenhausen também não fica atrás: as fornalhas estão lá, os paredões de fuzilamento, as câmaras de gás, os lugares aonde experiências grotescas eram feitas. É muito triste e emocionante ver tudo isso de perto, e como já expliquei uma vez: é um passeio recomendável? não, não é um passeio e muito menos eu sairia por aí recomendando às pessoas. Pela parte histórica vale a pena conhecer, desde que você tenha o mínimo necessário dos nervos de aço pra pisar num lugar como esse e sim, por mais que tenha, você sai de lá emocionado, pesado e imaginando tudo que aconteceu ali dentro, mas historicamente falando, eu acredito que seja um lugar que valha a pena conhecer e pra ter em mente que se ainda estão aonde estão, é para nos lembrar que essas atrocidades jamais podem voltar a acontecer. Uma coisa que descobri quando conheci o Campo de Sachsenhausen é que o relógio que está no topo torre de controle da entrada, marca exatamente a hora exata em que ocorreu a primeira evacuação dos prisioneiros.

De volta a Berlim, além dos lugares históricos da cidade, a comida é igualmente maravilhosa. Pra quem ama carne de porco, salsicha (de tudo quanto é tipo) e batata, a culinária alemã é o paraíso pra isso e como sou daquelas que experimenta (quase) qualquer coisa desde que não esteja se mexendo ou com a cabeça, eu posso dizer que fiquei muito satisfeita e de barriga cheia lá. Os alemães são educados, gentis e divertidos, algo quem em Munique na viagem de 2011 eu fiquei um pouco reticente, mas nada como visitar um país pela segunda vez e sair com uma ótima impressão. Grande, imponente, histórica, moderna, agitada são as principais palavras que eu escolheria e que pra mim, melhor define Berlim, com certeza valeu muito a pena viajar vários quilômetros a mais do trajeto pra visitar esse pedacinho maravilhoso da Alemanha.

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Comentários

  1. Julis diz

    julho 3, 2014 em 3:58 pm

    Googladas, alemão é muito difícil eheheheh

    Responder
  2. Erik Araújo diz

    julho 9, 2014 em 12:54 am

    Julis, pqp como é diferente e interessante o velho mundo! A luz para as fotos em países fora da faixa do Equador é simplesmente demais! 😀

    Viajei junto aqui! 😀

    Responder
    • Juliana Esgalha diz

      julho 14, 2014 em 3:19 pm

      Cara, interessante essa observação sua, ainda mais vindo de quem é especialista no assunto… Eu já tinha notado isso, uma vez até comentei com o Ricardo que achava o céu de Paris “baixo” e por isso as fotos ficavam ainda mais bonitas. As fotos saem com um brilho típico do velho mundo mesmo 🙂

      Responder

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Em 2021, Rita Lee, surpreendeu fãs e críticos com um projeto tão mágico quanto sua personalidade: o livro "Rita Lee: Uma Autobiografia" ganhou uma edição especial em formato de baralho de tarot, onde cada arcano maior representa um capítulo de sua vida lendária. Mais do que uma biografia, a obra se tornou um oráculo de liberdade, caos e poesia.

Rita sempre foi uma bruxa moderna — desde os ritos psicodélicos dos Mutantes até suas letras cheias de simbolismo. O tarot, com sua linguagem de arquétipos, captura a essência de sua vida: imperfeita, sagrada e rock ’n’ roll.

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- A Estrela: Seu legado como ícone da cultura brasileira.

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