Londres, 1948. Ada Vaughn está encarcerada na prisão de Holloway, acusada de prostituição e assassinato. Quem é essa mulher? O que a levou a esse destino? Passado entre o glamour de Savoy e o desespero dos campos de concentração, A costureira de Dachau conta a história de uma mulher traída e abandonada que precisa sobreviver sozinha, contando apenas com a própria esperteza para sobreviver às tragédias da maior guerra que o mundo já enfrentou. Mas suas razões podem parecer suspeitas, e não há certeza de sua inocência… Será que uma simples costureira pode ter mais segredos do que se ousa imaginar?
Uma história sofrida, triste e cruel assim como é qualquer coisa relacionada a Segunda Guerra Mundial. Esse livro foi citado no grupo literário e eu já tinha ele na minha lista de leitura há muito tempo. Em 2011 quando e Ricardo fizemos nosso mochilão pela Europa e passamos por Munique, nós também visitamos Dachau. Não estava no nosso roteiro de viagem, mas fomos mesmo assim e visitar um campo de concentração é uma experiência tão marcante e dolorosa que eu lembro desse dia até hoje.
Dachau foi o primeiro campo de concentração nazista e aprisionava políticos, homossexuais, padres, bispos, ciganos e deficientes. Trabalhos forçados, assassinatos, inanição, torturas e doenças é ainda o “mínimo” a se mencionar sobre o que aconteceu dentro desses campos. 206 mil pessoas passaram por Dachau e segundo registros históricos estimam-se que cerca de 32 mil pessoas morreram ali, mas esse numero pode ser ainda muito maior. Dachau foi libertada pelo Exército dos EUA em abril de 1945.
Embora Ada Vaughn seja uma personagem fictícia, o horror da guerra detalhado é bem real. Ela não viveu diretamente no campo de Dachau, mas sim na casa do comandante do campo o que não quer dizer que isso tenha sido menos sofrido para a personagem e pode-se dizer que Ada sentiu o sofrimento da guerra do primeiro dia, até literalmente o ultimo, sobrevivendo a condições insalubres, cruéis e totalmente desumanas.
O livro é dividido em 2 partes: a primeira na guerra e a segunda quando Ada volta à Londres e começa aos poucos reconstruir a sua vida e, infelizmente, nem de longe isso foi mais fácil pra ela. As coisas vão acontecendo e de repente tomam um rumo que nenhum leitor gostaria ou esperava ler, afinal de contas, depois de tanto o sofrimento a gente sempre espera por uma vida melhor pro personagem, mas como já disse aqui: isso é bem difícil nos livros de Segunda Guerra. Muitas resenhas que li do Skoob, os leitores se queixaram do final e eu também não gostei, eu esperava por outra coisa, mas com o rumo que a história tomou e principalmente pelo que autora explica em uma nota no final do livro, não haveria realmente como ser diferente.
Pra quem se interessa por esse gênero, eu recomendo a leitura. 5/5 xícaras:
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