Romance de estreia da escritora australiana M. L. Stedman, A luz entre oceanos mostra como a necessidade de amar também pode destruir vidas. O livro, que teve os direitos de publicação comercializados para mais de 20 países, chega aos cinemas em novembro de 2016, com Alicia Vikander e Michael Fassbender nos papéis principais, e volta às prateleiras com sobrecapa reproduzindo o cartaz do filme.
Tom Sherbourne é um homem traumatizado pela sangrenta Primeira Guerra Mundial, que retorna à terra natal, a Austrália, para tentar reconstruir sua vida. Sua busca por paz o leva a ser o mais novo faroleiro de Janus Rock, uma ilha isolada ao oeste da costa australiana. Ele e sua mulher, Isabel, vivem bem, até ela sofrer dois abortos espontâneos e descobrir que não pode ser mãe.
Um dia, um barco naufragado aporta na ilha. Nele, estavam um homem, já morto, e um bebê, ainda vivo. Este fato trágico e inusitado reacende a esperança de Isabel de ter um filho, fazendo o casal tomar uma decisão que marcará suas vidas para sempre. Quebrando todas as regras, Tom não registra o acidente com o barco nem a chegada inesperada daquele bebê. O jovem casal se torna protagonista de um drama moral, numa escalada de eventos com desdobramentos devastadores.
O isolamento proporcionado pela ilha é a proteção do casal do mundo externo. Ninguém praticamente visita o local e, sendo assim, é muito fácil criar Lucy longe dos olhos da comunidade mais próxima. Mas nada dura para sempre, e o afastamento é quebrado quando o casal deve apresentar a filha aos avós maternos e uma cerimônia de batismo é providenciada. Ali, Tom, para sua infelicidade, descobre que sua Lucy tem uma mãe – que jamais se recuperou do desaparecimento do marido e da filha no mar. Tom não quer mais pesos na consciência do que já tem e fica tentado a revelar a verdade. Mas Isabel o desafia e questiona seu amor por ela.
Tom toma sua decisão. E as consequências são terríveis para todos. O faroleiro, responsável por iluminar o caminho dos navegantes em alto-mar, vê apenas uma trilha escura à sua frente. Escrito por uma advogada que aborda os limites da ética e os dilemas morais sob diferentes pontos de vista, A luz entre oceanos é um livro sobre perdas trágicas e escolhas difíceis, sobre a maternidade e os limites do amor.
Se você está esperando um romance fofinho, daqueles água com açúcar de aquecer o coração, esqueça, porque apesar da capa dar uma ideia disso, a história contada é outra. Eu nem estava com muitas expectativas quando comecei a ler e o início dele é tão morninho que eu cheguei até a pensar: “ok, será que vai ser só isso?” e mesmo embora eu tivesse lido a sinopse antes de começar eu não imaginava que fosse me surpreender tanto com esse livro. Aqui temos dois protagonistas: Isabel e Tom, que se apaixonam, se casam e mesmo se tratando de pessoas com personalidades completamente distintas, a conexão dos dois é muito forte.
Mas essa história retrata dilemas morais muito específicos porque aqui temos na verdade 3 perspectivas pra se pensar: o de Isabel, de Tom e de Hannah. O que foi legal desse livro é que e em muitos pontos da história você dá razão à um, mas aí algo acontece e você passa dar razão pra outra personagem e depois algo muda de novo e você muda de opinião também. Enfim… Dilemas. O que significa que o livro te coloca no lugar dos 3 personagens e você compreende as atitudes e as consequências, mas sobretudo, as dores de cada um. Eu não imaginava que fosse gostar tanto dessa história, mas como uma boa apreciadora de um romance carregado de dramas eu posso dizer que o livro atendeu a todas minhas expectativas. 5/5 xícaras:
Deixe um comentário