Sita e Ahalya são duas adolescentes de classe média alta que vivem tranquilamente junto de seus familiares, na Índia. Suas vidas tranquilas mudam completamente quando um tsunami destrói a costa leste de seu país, levando com suas ondas a vida dos pais e da avó das meninas. Sozinhas, elas tentam encontrar um modo de recomeçar a vida. Mas elas não devem confiar em qualquer um…
Enquanto isso, do outro lado do mundo, em Washington, D. C., o advogado Thomas Clarke enfrenta uma crise em sua vida pessoal e profissional e decide mudar radicalmente: viaja à Índia para trabalhar em uma ONG que denuncia o tráfico de pessoas e tenta reatar com sua esposa, que o abandonou.
Suas vidas se cruzarão em um cenário exótico, envolto por uma terrível rede internacional de criminosos.
Abrangendo três continentes e duas culturas, Cruzando o Caminho do Sol nos leva a uma inesquecível jornada pelo submundo da escravidão moderna e para dentro dos cantos mais escuros e fortes do coração humano.
Corban Addison – o autor do livro, escreveu essa história em 2008 – embora seja uma ficção o tema é bem real e pouco falado no nosso mundo moderno: o tráfico humano. Ele foi para Índia, Europa, Eua e mergulhou nesse submundo pra dar voz a esse livro, passou um tempo com ativistas e foi disfarçado para os bordéis de Mumbai para atender as vítimas, além de escritor, Corban é um defensor de causas de justiça, uma delas a abolição da escravatura moderna, tráfico humano e exploração sexual de crianças, o que eu acho importantíssimo pois percebo que é um assunto tão pouco falado.
O livro é narrado em terceira pessoa e os capítulos se intercalam entre um advogado americano e uma menina indiana de 14 anos que é raptada junto com sua irmã dois anos mais velha após perderem toda a sua família num tsunami. O livro por si só já trata de um tema super pesado, é uma história muito bem contada, mas pra mim pareceu que o autor em muitos momentos teve um certo receio de pegar pesado e mostrar como é de fato a realidade do assunto com o leitor. Tanto que no final do livro ele diz que escreveu essa obra de uma forma mais branda, então talvez tenha sido mesmo essa a ideia; contar, mas sem chocar demais – o que pra mim foi exatamente isso que faltou.
“Cruzando o Caminho do Sol” é sim uma história emocionante e comovente do inicio ao fim e ao mesmo tempo muito revoltante tal qual como qualquer assunto que envolva o tráfico de pessoas, mas pra mim faltou o aprofundamento, faltou dar um sacode no leitor, faltou ele mostrar muito mais a realidade crua, direta e cruel do tráfico humano, quem leu Natascha Kampusch ou O Quarto de Jack sabe do que eu estou falando, eu acho que quando se trata de um tema tão pesado e que muita gente faz vistas grossas como esse, você tem que passar o máximo de detalhes e contar da maneira mais revoltante que puder pra justamente dar voz à essas vítimas, então foi por isso que minha nota foi 3/5 porque pra mim deixou a desejar:
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