No terceiro volume da série napolitana, Lenu e Lila partem para os embates da vida adulta. Numa sequência angustiante e sem espaço para a inocência de outrora, Elena Ferrante coloca o leitor no meio do turbilhão que se forma das amizades, das relações sociais e dos interesses individuais. História de quem foge e de quem fica é uma obra de arte a respeito do amor, da maternidade, da busca por justiça social e de como é transgressor ser mulher em um mundo comandado pelos homens.
Terceiro e penúltimo livro da série napolitana finalizado com sucesso. Na “História de Quem Foge e de Quem Fica” temos muito mais sobre a vida de Lenu e um pouco menos sobre a de Lina. Ambas as personagens enfrentam agora os desafios da vida adulta onde a inocência da juventude dá lugar a um turbilhão de conflitos sociais, amizades complexas e anseios individuais. Um dos aspectos mais marcantes do livro, além da maternidade, carreira e lutas sociais, foi a abordagem de Ferrante sobre a condição da mulher em uma sociedade patriarcal e isso foi muito mostrado com o casamento de Lenu.
O livro contou muito olhar crítico sobre a sociedade italiana e suas mudanças políticas e sociais ao longo dos anos e honestamente essas, pra mim, foram as partes mais cansativas da história, mesmo assim, não tem como largar o livro, não tem como não se envolver com o turbilhão de acontecimentos na história. Terminei esse livro com a mesma sensação indigesta de Lila, mas agora também estou bem pau da vida com algumas atitudes da Lenu e já doida pra começar o ultimo livro e saber de todo o desenrolar dessa história incrível. 4/5:
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