
Emma e Agathe Delorme são irmãs que, apesar de terem crescido juntas, seguiram caminhos muito diferentes. Após cinco anos sem contato, elas se reencontram na casa de férias da família para lidar com os pertences de Mima, a avó querida que faleceu. Durante uma semana, entre risos e lágrimas, as irmãs confrontam memórias de infância, desentendimentos passados e segredos familiares, buscando reconstruir os laços que as uniam. Ambientado no pitoresco cenário do País Basco durante o verão, Uma vida bela é uma narrativa tocante sobre a força dos vínculos familiares e a possibilidade de redenção.
Com esse livro eu completei a lista de todos os livros lidos da Virginie Grimaldi e “Uma Vida Bela” se tornou o meu preferido dela. A história gira em torno de Emma e Agathe Delorme, duas irmãs que, apesar de terem crescido juntas, tomaram rumos distintos na vida e passaram cinco anos sem se falar. O reencontro, proposto por Emma, acontece na casa da avó falecida – Mima, aonde elas sempre passaram as férias de verão enquanto crianças e adolescentes, a casa fica no charmoso cenário do País Basco. Durante as duas semanas que mistura risos e lágrimas, as irmãs confrontam memórias antigas, desentendimentos e segredos que estavam guardados, em uma tentativa de reconstruir os laços que as uniam.
“A vida passa a toda velocidade, dizemos o tempo todo que precisamos agarrar o tempo, mas é ele que nos leva embora. O tempo de agora se tornou ontem.”
“Para a mulher em formação que eu era na época, Titanic não foi apenas um filme, mas uma incitação a saborear as pequenas felicidades, a escrever minha própria vida, a aproveitar. Com o tempo, essas ideias se desgastam e se tornam banais, piegas até, ou ao menos ingênuas. No entanto, ao refletir, não vejo nada mais importante que isso. Ter uma boa jornada. Chegar ao destino sem arrependimentos. Perceber que estamos aqui, agora, reconhecer as pequenas alegrias, não se preocupar com o resto.”
Grimaldi retrata com sensibilidade as nuances das relações familiares com personagens de muitas camadas e extremamente humanos, mostrando que o amor entre irmãs é complexo, marcado por conflitos, mágoas, mas também por uma profunda conexão que resiste ao tempo e às adversidades. A ambientação veranil no País Basco acrescenta uma camada sensorial e um charme especial à narrativa. Essa ambientação pitoresca serviu como um pano de fundo que ora acalma, ora intensifica os sentimentos das personagens, conferindo a isso, um tom aconchegante e nostálgico à trama.
“É a única coisa que importa, no fim: encontrar um lugar no coração dos outros e acolher pessoas em seu próprio coração.”
Uma Vida Bela” é uma leitura que nos faz refletir sobre a importância da família, sobre a bagagem que carregamos da infância e sobre a possibilidade de cura e reconciliação. Eu meio que esperava o final, mas mesmo assim pra mim foi surpreendente. É um livro que fala sobre a resiliência dos laços afetivos e a beleza, por vezes oculta, que reside nas complexidades das relações humanas, assim como em todos os livros da Virginia Grimaldi e agora estou exatamente assim:
5/5:
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