Resolvi deixar Machu Picchu como o ultimo post dessa viagem ao Peru, porque vi que tem bem mais fotos e bem mais coisas pra contar sobre esse lugar, então hoje vou falar sobre Puno, mais precisamente sobre o Lago Titicaca. Saímos de Cusco à noite e fomos pra lá de ônibus, que por sinal, são muito confortáveis, tem opções de leito então dá pra dormir numa boa durante todo o trajeto.
Chegamos super cedo lá, estava bem mais frio e Puno é ainda mais alto que Cusco, o Lago Titicaca é o mais alto do mundo, fica a 3821m acima do nível do mar e o segundo maior em extensão da América Latina. Olhando o Titicaca fica difícil de acreditar que tudo aquilo é um lago, parece um mar. O lago faz fronteira com a Bolívia, possui 41 ilhas, sendo que 9 delas são artificiais, uma das que visitamos é a ilha Chumi e foi bem interessante conhecer o povo que vive lá e todo o trabalho que eles tem pra manter a ilha – toda feita de juncos, inclusive, os barcos que eles navegam.
De lá continuamos de barco e com mais umas duras horas de passeio pelo Titicaca, chegamos na Ilha Taquile. E foi um passeio incrível, segundo nosso guia, o povo dessa ilha – cerca de 2500 pessoas, vivem isolados do mundo e vivem do que produzem na ilha e do que conseguem com as visitas turísticas através do artesanato. Os Taquiles usam trajes conforme o estado civil de cada um, por exemplo: as mulheres que são casadas, normalmente usam saia preta, blusa de cores sóbrias e xale. As moças solteiras também usam o xale, mas suas roupas são de cores bem vivas e com pompons coloridos nas pontas do xale.
Os homens usam calça e colete pretos, com uma cinta larga e colorida na cintura e junto à cinta levam uma bolsa onde carregam as folhas de coca (que eles mascam o dia inteiro). A diferença entre solteiros e os casados está justamente no gorro. Os solteiros usam um gorro branco e vermelho e os casados um gorro todo vermelho. E como saber se é casado, comprometido ou não? Simples: Se o homem solteiro está comprometido, ele usa o pompom do gorro para o lado e se está disponível, usa o pompom para trás. Bem interessante, né?
Foi uma experiência incrível, totalmente diferente de tudo que já conheci, é uma forma única de ver algo no mundo que é totalmente fora dos padrões de vida da maioria das pessoas. Vale muito a experiência. Sobre a cidade de Puno o que tenho a dizer é o seguinte: a cidade não tem nada! Há sim alguns bons restaurantes, ficamos numa boa hospedagem, mas nada além disso. O que eu recomendo é chegar em Puno cedo, visitar o Titicaca e as ilhas e, ou voltar no mesmo dia pra Cusco ou sair no outro dia bem cedo, que foi o que fizemos – voltamos um dia antes do nosso planejado no roteiro. Além de sentir mais ainda a altitude, na cidade realmente não se tem muito o que fazer, o que vale mesmo a visita até lá, é o Lago Titicaca.
Eu toda descabelada, apontando pra onde já é a Bolívia
Saindo de Puno no outro dia bem cedo, nós fizemos a tal Rota do Sol que eu falei nesse post aqui. Passamos por lugares incríveis, um deles foi Abra La Raya que devido a altitude de ‘apenas’ – 4335m (sempre! ahauhahahuah) ficamos apenas uns 5 minutos lá e passamos por outros outros lugares bem legais.
Chegamos de volta em Cusco no finalzinho da tarde… Cansados, mas realizados! Nada como um chá de coca e uma boa comida depois pra relaxar. Prometo não demorar com o post de Machu Picchu.
Nana Colbert diz
Ju, quanto tempo! Seu blog sempre lindo!
Curti sua página no Facebook.
Beijos, querida! :*