Quando saímos da Itália, tivemos que cortar o país inteiro para entrar na França e detalhe: tudo de trem. De Reggio fomos pra Roma, de Roma pra Milão e de Milão pra Dijon que não conheci nada da cidade e vou explicar o porquê. Chegamos em Milão no começo da tarde e nosso trem era só à noite. Guardamos os mochilões na estação de Milano Centrale mesmo e fomos dar um passeio rápido pela cidade: fomos até a Duomo, galeria Vittorio Emanuele, paramos pra comer uma pizza (típico) e subimos de volta pra estação. Estava frio, nosso trem atrasou horrores (é… italianos não são muito pontuais) e nosso trem parecia mais um trem de refugiados do que um trem de viagens. A França tem uma frescura de não aceitar bilhetes do Global Pass comprados por aquele site do Euro Rail, tivemos então que comprar e a viagem – mesmo sendo leito, não foi lá uma experiência muito agradável (o único problema que tivemos), mas no final deu tudo certo.
Acontece que: viajamos um dia todo (pra subir a Itália) e uma noite toda (Itália-França) de trem e obviamente que eu estava MUITO cansada. O plano seria conhecer Dijon, mas seria na verdade só uma pausa pra descanso pois seria muito desgastante atravessar de uma vez e ir direto pra Paris, então a única coisa que conheci de Dijon foi o hostel em que ficamos, um KFC e um restaurante do lado do hostel que faz um tartare de salmão maravilhoso. Não conheci a cidade porque: 1) não estávamos perto do centro (se hospedar em Dijon é caro), 2) eu estava muito cansada que tudo que consegui fazer foi tomar um bom café da manhã e dormir. Entre Paris e Dijon, eu estava obviamente recuperando minhas energias pra Paris. Enfim… No outro dia fomos cedinho pra estação e nos mandamos pra Paris – essa viagem foi – graças ao Deus das rotas ferroviárias – bem curtinha então tivemos bastante tempo pra conhecer Paris ou pelo menos o principal (mas dessa com calma) de como realmente é a cidade luz.
Eu já conhecia Paris. Visitei em 2008 no nosso primeiro mochilão, fiz os principais pontos, mas foram poucos dias e pouco tempo pra conhecer realmente como eu queria. Em 2008 apesar de ter gostado muito da cidade, eu torci o nariz pra algumas coisas, principalmente pra educação dos franceses que não achei nada legal. Mas eu fiquei muito disposta em dar uma segunda chance, voltar e conhecer tudo novamente com mais calma porque pra mim não era possível ter uma impressão não tão boa de umas das cidades mais lindas e visitadas do mundo. Eu precisava ir pra Paris uma segunda vez, com uma segunda chance e sabia que não ia me arrepender. E de fato: não me arrependi. Ao contrário, me surpreendi porque eu conheci uma Paris totalmente diferente do que eu tinha conhecido em 2008, mesmo visitando os mesmos lugares e claro, conhecendo outros novos.
Paris é uma cidade apaixonante. É até meio óbvio dizer isso, mas Paris tem todos esses rompantes de amor de literalmente arrancar suspiros. É aquele tipo de lugar que qualquer canto que se vai, você se apaixona. Cada esquina é um encanto, cada ponto é tão incrivelmente lindo e mágico que é impossível não se apaixonar de verdade por essa cidade. Dessa vez visitei (quase) tudo que queria. Subi até o topo da Eiffel, conheci Notre Dame, peguei o trem e fui até Versailles (que apesar de estar fechado: segunda-feira, vale conhecer só pelos jardins), fui até o Louvre (mas não entrei), conheci o café da Amélie Poulain (vou fazer um post só disso), enfim… Fiz ótimos passeios por lá. Não vou ficar descrevendo um por aqui, mas vou deixar algumas dicas dos principais que considero como super importantes:
– Torre Eiffel: compre antes o bilhete pra subir a torre. Você não pega filas e economiza um tempo absurdo, Paris é cheia de turistas o ano inteiro, logo – a cidade é lotada, logo (também) – todo mundo quer subir a Torre Eiffel que estava com uma espera na fila de 5 horas. Eu comprei antecipadamente os bilhetes (não lembro o site agora, mas eu coloco assim que achar) que é com horário marcado – subimos no final da tarde, vista incrível.
– Notre Dame: chegue o mais cedo que puder e quando eu digo cedo é praticamente madrugar. Tomamos o café da manhã e chegamos super cedo lá, a Notre Dame abre as 7:30 e pegamos ela absolutamente vazia, deu pra conhecer cada pedacinho e realmente a visita vale a pena. É de graça.
– Bom restaurante + bom café: Paris tem um monte, mas amei o Café du RENDEZ-VOUS – fica pertinho do cemitério de Montparnasse. Comi um tartare de carne divino e foi aonde comi o melhor crème brûlée também. Tem um garçom lá super simpático que fala português perfeitamente.
– Basílica de Sacre Coeur: dá pra subir de funicular (que fica mais a esquerda) com o bilhete de metrô, se você não tiver afim de pagar todos os pecados com aquelas escadarias. É rápido e não dói nada – ainda mais se você resolver, como eu, visitar a Sacre Coeur depois de já ter andando praticamente Paris inteira.
– O Pantheon de Paris é absurdamente lindo. Ouso em dizer que é mais bonito que o de Roma. Não deixe de visitar as catacumbas também: grandes nomes como Victor Hugo e Voltaire estão enterrados lá.
Fui muito bem tratada em TODOS os lugares de Paris que visitei. Os franceses tem uma fama meio arrogante de ser, o que em 2008 tinha me deixado essa impressão que, felizmente – dessa vez, vi com olhos totalmente diferentes e me surpreendi com a cordialidade e a educação deles… Talvez em 2008 tenha sido uma impressão precoce minha, talvez não estivessem num dia bom ehehehe, vai saber. Mas dessa vez tive uma Paris incrível, algo como realmente essa cidade é: APAIXONANTE!
Pri diz
Que lindas de Vc e de Paris, Ju!
Elisa diz
Paris! Dispensa comentários, né? Eu nem me incomodaria com a grosseria dos franceses… hahaha. Amiga, amo tanto suas fotos, dá a impressão que a gente viajou junto com vocês! rs.
Linda, linda!