Após a Segunda Guerra Mundial, graças à conjugação de sorte e um investimento fortuito, Cyril Conroy entra no ramo imobiliário, criando um negócio que logo se tornará um império e levará sua família da pobreza a uma vida de opulência. Uma de suas primeiras aquisições é a Casa Holandesa, uma extravagante propriedade no subúrbio da Filadélfia. Mas o que seria apenas uma adorável surpresa para a esposa acaba desencadeando o esfacelamento de toda a estrutura familiar.
Quem narra essa história é o filho de Cyril, Danny, a partir do momento em que ele e a irmã mais velha — a autoconfiante e franca Maeve — são expulsos pela madrasta da casa onde cresceram. Os dois irmãos se veem jogados de volta à pobreza e logo descobrem que só podem contar um com o outro. E esse vínculo inabalável, ao mesmo tempo que os salva, é o que bloqueia seu futuro.
Apesar de suas conquistas ao longo da vida, Danny e Maeve só se sentem verdadeiramente confortáveis quando estão juntos. Narrada ao longo de cinco décadas, A Casa Holandesa é uma história sobre a dificuldade de superar o passado. Com bom humor e raiva, os dois rememoram inúmeras vezes seu relato de perda e humilhação e a relação entre o irmão indulgente e a irmã superprotetora enfim será colocada à prova quando os Conroy se virem forçados a confrontar quem os abandonou.
Uma saga sobre o paraíso perdido, A Casa Holandesa se debruça sobre questões de herança, amor e perdão, uma narrativa sobre como gostaríamos de ser vistos e quem de fato somos. E, embora seja um livro repleto de reviravoltas que farão o leitor devorar a história, seus personagens ficarão marcados por muito tempo na memória.
Confesso que eu não estava dando muito crédito pra essa história e no fim das contas fui positivamente surpreendida. Esse é mais um daqueles livros baseados em fatos cotidianos normais que uma escritora consegue transformar em uma grande reflexão aprofundando nas camadas mais íntimas do ser humano.
O protagonistas são os irmãos Maeve e Danny que moravam em uma casa esplendorosa, foram abandonados pela mãe, o pai casou-se novamente e eles foram expulsos pela madrasta. Até aí, contando assim, parece se tratar mais de um novelão carregado no drmama, mas é exatamente nesse contexto que a magia da história acontece. Esse foi o meu primeiro livro de Ann Patchett que leio e posso dizer que sua narrativa é densa, mas ao mesmo tempo bem delicada e com pitadas sutis de humor. Neste livro ela descreveu com maestria a cumplicidade entre esses dois irmãos e a complexidade que também eram. O apego que os dois tinham pela casa holandesa, mas por motivos diferentes e como uma mesma história impactou de forma diferente na vida dos dois.
Li ele no Kindle, mas vou comprar o livro físico porque com certeza é uma obra que eu quero ter na minha estante. 5/5:
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