Lizzy Moon nunca quis a Fazenda Moon Girl. Oito anos atrás, deixou a terra que foi cultivada por nove gerações de curadoras com talentos especiais, determinada a se afastar dos rumores sobre o estranho legado da família. Mas, quando sua amada avó Althea morre, Lizzy precisa voltar e enfrentar a tragédia que ainda paira sobre os campos secos de lavanda na fazenda: o assassinato sem resolução de duas meninas e as cruéis acusações que acompanharam Althea até o túmulo.
Não há nada que Lizzy queira mais do que vender a fazenda e voltar para sua vida em Nova York, até encontrar
um diário que Althea deixou para ela — o Livro das Recordações, cujo propósito é ajudá-la a aceitar seus dons especiais. Quando se reconecta com Andrew Greyson, um dos poucos na cidade a acreditar na inocência de Althea, ela decide limpar o nome da avó.
Mas, para isso, terá que decidir se é capaz de aceitar seu legado e seguir os passos de todas as mulheres Moon que viveram antes dela.
Esse é o meu primeiro contato com Barbara Davis e eu já quero ler todos os livros dela. Pra mim, esse livro teve um gostinho ainda mais especial porque ele fala também de magia natural, algo que eu pratico, e destaquei tantos quotes maravilhosos enquanto eu lia esse romance, que vou sim incluir todos aqui na minha resenha.
“Não devemos nunca esquecer quem somos. Até onde chegamos, e o que tivemos que enfrentar nas mãos de quem teme o que não entende.”
“Para quem estava no Caminho — muitas vezes chamadas de pagãs pelos não iniciados —, tudo era senciente, plenamente consciente de seu papel no círculo divino de nascimento, crescimento, vida e morte. Althea encontrou conforto nisso, nas marés e estações que compunham seu ano, na crença de que nada era perdido ou inútil, de que tudo tinha um tempo e um propósito, e, quando esse tempo acabava, o propósito era cumprido, sua essência continuava viva e acolhia outro novo propósito.”
Aqui temos a protagonista Lizzy Moon que quando sua avó Althea morre, ela se vê obrigada a voltar a fazenda para resolver todos os tramites necessários em relação a propriedade, afinal, ela é a ultima das Moon. Nesse cerne também aconteceu um crime ocorrido há 8 anos de duas meninas que a avó foi acusada injustamente, com nada nunca provado e esse é um dos motivos que fez com que Lizzy fosse embora da fazenda e fizesse sua vida em Nova York, tanto que, quando ela volta a fazenda, ela já chega determinada a vende-la o mais rápido possível.
“Curar é isso, confiar na magia e compartilhar um pouco dela quando puder.”
“Pontes podem ser construídas sobre o mais largo abismo, mesmo quando tudo que temos para construir são pedaços quebrados.”
Mas como tudo na vida, as coisas não são assim onde tudo é preto no branco e Lizzy começa aos poucos ter algumas pequenas transformações mesmo que ainda não perceba, sobretudo, por um livro que sua avó deixou especialmente e unicamente para ela. Lizzy também está determinada a desvendar o assassinato das meninas que foram encontradas no lago da fazenda da avó anos atrás, mas para isso ela vai ter que encarar suas próprias sombras, inclusive relacionados à mãe, e se aceitar como uma Moon com o pacote todo – inclusive o legado – algo que ela vai já fazendo ali na fazenda ainda que inicialmente não perceba. Nessa história, quero muito destacar Evvie, que foi a amiga da Althea que esteve com ela até o final e que estava cuidando da fazenda – quis mencionar ela porque de todo o enredo, foi a personagem que eu mais gostei, mais até do que a própria Lizzy.
“O mundo sempre teve medo de uma mulher singular — como teme as coisas mais poderosas.”
“Não vai ser fácil. Colocar-se sob a luz nunca é, mas é o que todas nós somos chamadas a fazer. Encontrar nossa verdade — seja ela qual for — e viver sem desculpas.”
“A Última das Garotas Moon” é romance sobre legados e que mostra uma cidadezinha dividida entre moralistas de “queimem a bruxa” e pessoas que procuravam Althea e que através de suas plantas, encontravam a cura que muitas vezes não conseguiram encontrar nos remédios, a parte do suspense eu achei bem previsível porque eu já saquei quem era logo que o personagem foi acrescentado à historia, mas isso não impactou em nada pra mim, até porque essa questão no livro funciona mais como um pano de fundo e não como ponto central. Da mesma forma que eu achei o romance de Lizzy e Andrew bem morninho, mas pensando bem até foi melhor assim porque o foco da história não era esse.
Temas como auto descobrimento, pertencimento, família, perdão e muita magia natural são abordados de uma maneira muito delicada e emocionante. Esse livro foi um alento em dias conturbados para mim e deixou um quentinho muito gostoso no coração. 5/5:
Deixe um comentário