Amigas de infância, Erika e Clementine não poderiam ser mais diferentes. Erika é obsessivo-compulsiva. Ela e o marido são contadores e não têm filhos. Já a completamente desorganizada Clementine é violoncelista, casada e mãe de duas adoráveis meninas. Certo dia, as duas famílias são inesperadamente convidadas para um churrasco de domingo na casa dos vizinhos de Erika, que são ricos e extravagantes.
Durante o que deveria ser uma tarde comum, com bebidas, comidas e uma animada conversa, um acontecimento assustador vai afetar profundamente a vida de todos, forçando-os a examinar de perto suas escolhas – não daquele dia, mas da vida inteira.
Em Até Que a Culpa Nos Separe, Liane Moriarty mostra como a culpa é capaz de expor as fragilidades que existem mesmo nos relacionamentos estáveis, como as palavras podem ser mais poderosas que as ações e como dificilmente percebemos, antes que seja tarde demais, que nossa vida comum era, na realidade, extraordinária.
Mais um livro da Liane Moriarty que eu devorei e me surpreendi com a história. Acho que é o quarto livro dela que leio e sua narrativa é muito envolvente, daquele tipo que você não consegue largar a história. Em “Até que a Culpa nos Separe” temos como protagonistas Erika e Clementine. A história começa com um depoimento de Clementine em que aparentemente parece ser algum tipo de grupo de apoio. Ela começa a contar sobre algo muito sério que aconteceu em um churrasco que foi na casa dos vizinhos de Erika e Oliver (marido de Erika). Nesse dia há 3 casais, duas meninas que são filhas de Clementine e Sam e Dakota que é filha do casal anfitrião – Vid e Tiffany.
“Sempre intuíra isso sobre si mesma, que no âmago de sua alma havia uma pequena pedra indestrutível, um instinto frio e rígido de autopreservação.”
Durante o desenrolar da história vamos conhecendo mais da personalidade de Clementine e Erika, como se tornaram “amigas” e como foi passado sobre cada uma – principalmente o de Erika. Elas tem uma amizade bem complicada. Acerca disso é que a história vai tomando forma, o acontecimento do churrasco funciona mais como se fosse um pano de fundo para os desdobramentos seguintes, como se fosse um divisor de águas, o que garante um bom suspense no livro.
A autora vai nos contando como é a “amizade” de Clementine e Erika, o desenrolar de suas vidas após esse tal churrasco e como isso afetou a vida de todos os envolvidos nesse dia… Eu amei esse livro. Pra quem gostou de “Pequenas Grandes Mentiras” – que aliás é o meu preferido dessa autora, com certeza vai gostar deste. A Liane Moriarty tem o dom de usar todos os elementos de um suspense pra contar histórias que são basicamente acontecimentos do dia a dia. Neste livro muito se fala sobre maternidade, casamento, relações complexas e ambíguas e claro, a culpa também. Me tirou da ressaca literária que eu fiquei com o livro anterior. 5/5:
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