Um épico emocionante, triunfo da ficção histórica, releitura feminista de uma mulher notável ― e extraordinariamente real ―, que deixou uma marca profunda na História.
1421. A França parece prestes a perder a guerra contra a Inglaterra. Enquanto o país se afunda na lama de batalhas sangrentas, o povo passa fome… e o rei permanece escondido.
Desse caos surge uma jovem capaz de mudar o rumo da guerra e liderar os franceses à vitória. E o nome dessa garota imprudente, obstinada e brilhante – uma heroína improvável – ecoará através dos séculos: a guerreira, a herética, a santa Joana D’Arc.
Nas mãos de Katherine J. Chen, o mito e a lenda de Joana D’Arc ganham vida neste romance fruto de meticulosa pesquisa. Sua vida é narrada, com maestria, desde a infância repleta tanto de alegria quanto de violência até a ascensão meteórica ao posto de líder do exército francês no fim da Guerra de Cem Anos, em meio aos perigos nos campos de batalha e às ainda mais traiçoeiras intrigas da corte.
Nunca havia lido nada sobre Joana Dar’c embora só conheça um pouco da sua história por filme, então acho posso dizer que esse foi meu primeiro contato sobre sua vida. E eu amei esse livro. A escrita é muito fluída com um toque poético e intimista e que te prende a história logo nas primeiras páginas.
“- Acredito que Deus criou o som do grito de uma mulher – ela diz – para penetrar no coração e testar nossa humanidade. Se ainda a temos ou se deixamos para trás. Mas, para alguns homens, o grito de uma mulher é como um punho que ricocheteia na armadura. Já parei para pensar: Que chance de vingança uma mulher tem? De justiça? Pois não podemos apenas rezar. Não suporto as orações de minha mãe. Não podemos esperar quietas. Não vou viver dessa forma – não mais. Então, quando falei com Deus aquela manhã, decidi que, se for para eu gritar, que seja em batalha. Não existe chance de paz senão na ponta de uma espada.”
O livro começa com a vida de Joana ainda novinha – com apenas 10 anos de idade vivendo um pequeno vilarejo a sombra de um pai extremamente violento. Esse livro é uma releitura feminista de uma mulher guerreira em todos os sentidos, mas que também enxergamos suas imperfeições e principalmente o lado humano de figura que enfrentou todas as adversidades e que mesmo por um período curto de sua vida, mudou muita coisa na história da França.
Há diversos momentos emocionantes, o livro não foca amplamente nos detalhes nas batalhas, mas detalha bastante a forma como colocaram Joana como uma divindade (tanto que foi beatificada e canonizada como santa), da sua lealdade genuína com a França e não com o reinado, alguém que queria realmente libertar a França dos ingleses.
5/5:
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