Jeff Zentner, autor de Dias de Despedida, traz outra história comovente sobre família, amizade e amor, com uma visão emocionante e ao mesmo tempo bem-humorada sobre a dura realidade de crescer em um ambiente conservador.
Dill não é um garoto popular na escola — e não é culpa dele. Depois de seu pai se envolver em um escândalo, o garoto se tornou alvo de piadas dos colegas e passou a ser evitado pela maioria das pessoas na cidadezinha onde mora. Felizmente, ele pode contar com seus melhores amigos, Travis e Lydia, que se sentem tão excluídos ali quanto ele. Assim que os três começam o último ano do ensino médio, mudar de vida parece um sonho cada vez mais distante para Dill. Enquanto Travis está feliz em continuar no interior e Lydia pretende fazer faculdade em uma cidade grande, Dill carrega o peso das dívidas que seu pai deixou para trás. Só que o futuro nem sempre segue nossos planos — e a vida de Dill, Travis e Lydia está prestes a mudar para sempre.
Dill, Lydia e Travis são 3 melhores amigos. Dill e Travis tem famílias desajustadas. O pai de Dill está preso, sua mãe é uma lunática religiosa, o pai de Travis é alcoolatra e somente Lydia tem pais amorosos e são financeiramente mais abastados também. Os 3 passam por problemas de bullying na escola, mesmo Lydia sendo popular e querida na internet, aliás, ela é a mais perspicaz dos 3 personagens eu diria, ela é bem inteligente e articulada, mas muitas vezes me soava um pouco pretensiosa. Os 3 são de uma cidade super pequena do Sul dos EUA aonde alguns preconceitos ainda são bem grandes. É um livro young adult e eu gosto dessa pegadinha de gênero porque geralmente a narrativa é leve e fluída, mas sempre vem com abordagens sérias e carregada de bons ensinamentos que sempre se tira uma moral legal da história.
Eu achei o começo e até um pouco mais da metade do livro a narrativa um pouco morna, demorei um pouco para me conectar com os personagens e há uma abordagem religiosa por conta dos pais do Dill que me incomodou um pouco, principalmente por eles serem dois fanáticos religiosos desprezíveis – eu dava aquela virada de olho cada vez que eles apareciam e acho que por conta disso, um pouco espirrou em Dill e muitas vezes eu me irritava com ele também. Principalmente quando ele tinha algumas atitudes egoístas com Lydia – aquela coisa de “bibibi o que vou fazer depois que você for pra faculdade?” me cansava um pouquinho sabe…
Juntos Somos Eternos é uma história bem recheada de dramas, principalmente quando se trata da realidade de Dill e Travis que são de péssimas famílias e sem grandes perspectivas para o futuro, ao contrário de Lydia que tem pais amáveis e você entende que por conta disso, as oportunidades que ela tem de um futuro promissor nessa transição da adolescência para a vida adulta é muito mais palpável e real para ela, do que para os dois amigos.
Um pouquinho mais da metade do livro há um plot twist na história que definitivamente eu não esperava e preciso ressaltar isso. Realmente me pegou de surpresa (bom, essa é a ideia dos plots, né? duh), mas acredito que já que o autor resolveu colocar um na história, deveria então ter descrito com mais emoção e detalhes essa parte, algo que mim ficou faltando um pouquinho…
Mesmo assim, é um bom livro, mas não é um dos melhores do estilo young adult. Temas sérios são abordados, mas de uma maneira delicada e que nos dá ensinamentos sobre coragem, esperança e seguir a fazer certo, mesmo quando não se tem bons exemplos dentro de casa. 4/5 xícaras:
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