O que você está lendo?”. Esta é a pergunta que Will Schwalbe faz para a mãe, Mary Anne, na sala de espera do instituto do câncer Memorial Sloan-Kettering. Em 2007, ela retornou de uma viagem de ajuda humanitária ao Paquistão e
ao Afeganistão doente. Meses depois, foi diagnosticada com um tipo avançado de câncer no pâncreas.Toda semana, durante dois anos, Will acompanha a mãe às sessões de quimioterapia. Nesses encontros, conversam um pouco sobre tudo, de coisas triviais como o café da máquina ao que, para eles, realmente importa: a vida e os livros que estão lendo. A lista vai do clássico ao popular, da poesia ao mistério, do fantástico ao espiritual. Eles compartilham suas esperanças e preocupações através dos livros prediletos.
As conversas tornam-se um momento de profunda confiança e intimidade. Mãe e filho se redescobrem, falam de fé e coragem, de família e gratidão, além de serem constantemente lembrados do poder que os livros têm de nos reconfortar, surpreender, ensinar e dizer o que precisamos fazer com nossas vidas e com o mundo.
Em O clube do livro do fim da vida, o autor faz uma declaração de amor à mãe, percorrendo a vida da corajosa e especial Mary Anne, a carreira nos anos 1960, o trabalho voluntário em países em guerra e, finalmente, o projeto de fundar uma biblioteca nômade no Afeganistão. Mesmo muito debilitada, ela não abre mão de fazer com que o tempo que lhe resta seja útil — para a família, os amigos ou uma criança necessitada do outro lado do mundo. Uma alegre e bem-humorada celebração da vida.
Uma delicadeza de livro. E através de uma história real o autor nos mostra o poder que os livros tem de unificar nossas vidas com quem amamos através das histórias. Esse livro foi escrito por Will após a morte de sua mãe – Mary Anne que foi uma mulher extraordinária – ex professora e ativista – Mary Anne foi responsável por angariar fundos para a construção de uma biblioteca no Afeganistão e que além de diversas causas importantes como essa, também foi uma mulher imensuravelmente apaixonada por livros.
Mary Anne infelizmente descobriu um câncer no pâncreas já em estágio avançado. Seu tratamento de luta contra a doença durou 2 anos e quando Will a acompanhava nas sessões de quimioterapia a conversa era sempre sobre os livros. Daí então o título do livro porque como ele mesmo disse; o clube acabou surgindo despretensiosamente quando ele perguntou à mãe: “O que você está lendo?” E é aí que toda a mágica acontece. Durante essas sessões de quimioterapia, mãe e filho conversam sobre diversas questões da vida e morte, sobre crenças e diversas reflexões sempre voltadas aos livros que estão lendo. É um livro sobre livros.
“Estamos todos no clube do livro do fim da nossa vida, quer admitamos isso, quer não; cada livro que lemos pode muito bem ser o último, cada conversa pode ser a derradeira.”
O único ponto negativo é que o livro possui partes cansativas de alguns devaneios do autor que as vezes fugiam do tema principal, mas nada que comprometa a história como um todo, é um livro maravilhoso, com diversas indicações ótimas de outros livros e para os amantes da literatura, esse com certeza é uma ótima indicação também. 4/5 xícaras:
Deixe um comentário