“O enredo gira em torno de Anne Elliot, filha de Sir Walter Elliot, um vaidoso e esnobe baronete. No passado, Anne apaixonara-se por Frederick Wentworth, que, embora belo, inteligente e ambicioso, não tinha tradições ou conexões familiares importantes – e assim Anne fora persuadida pela família a romper com ele. Em 1815, momento em que se passam os eventos narrados no livro, a boa, generosa e sensível Anne Elliot continua solteira, mas agora, aos 27 anos, pensa com mais autonomia e maturidade. Agora, também, a situação financeira de Sir Walter Elliot é desfavorável, e ele se vê obrigado a alugar a propriedade da família. Por força do destino, o novo ocupante da residência é cunhado de Wentworth. Quase oito anos após o rompimento, Anne se verá novamente convivendo com seu grande amor, agora um capitão da Marinha, e reflexões, conjunturas e arrependimentos serão inevitáveis. Anne e Frederick se redescobrem apaixonados, e renovam o compromisso de casamento. Com o mesmo texto leve e envolvente – mas irônico e perspicaz – que a caracteriza, Austen faz aqui uma crítica à vaidade típica da sociedade inglesa do início do século XIX, ao mesmo tempo em que enfoca o tema do casamento, quase onipresente em seus escritos.”
Persuasão é o quarto livro que li de Jane Austen e depois de Orgulho e Preconceito, foi o segundo que mais gostei da autora. Jane Austen é imortal, longe de ser uma escritora água com açúcar, apesar do contexto de suas histórias, suas obras são de uma peculiaridade única. Persuasão foi o seu ultimo romance acabado, mas infelizmente, Jane não viveu a tempo de ser publicado. A heroína da vez é Anne Elliott e é impossível não gostar dela. Já sua família não se pode dizer o mesmo, sua mãe já falecida, Anne é filha de sir Walter e tem mais duas irmãs: Elisabeth e Mary. Sir Walter é um egocêntrico que não passa de um baronete falido, Elisabeth é a mesquinha que só pensa em condição social e Mary (que é a única casada) é a umbiguista da família.
Mas a história mesmo gira em torno do amor interrompido de Anne Elliot e Frederick Wentworth que foi persuadido pela amiga de Anne – Lady Russel, justamente porque na época, aos olhos da amiga, ele não tinha nada para oferecer a Anne (lembrando que praticamente todos os casamentos nessa época eram arranjados de acordo com a quantidade de dinheiro). Oito anos depois Frederick Wentworth volta como Capitão Wentworth: financeiramente mais abastado, mas também muito ressentido e, é aí que tudo começa a se desenrolar. Apesar de toda a simplicidade do contexto, a história vai se tornando cada vez mais inquietante ao leitor, você não sabe muito bem o que esperar. Persuasão é o tipo de livro que o final não é exatamente o importante, mas sim as situações que acontecem ao longo da história.
Jane Austen como sempre faz críticas a sociedade daquela época, sobretudo as mulheres e aos costumes com aquela pitada de sarcasmo tão típico da autora. Vai ganhar 5/5 xícaras:
“Não admito que seja da natureza masculina mais do que da feminina ser inconstante e esquecer quem se ama, ou quem já se amou. Acredito no contrário. Acredito que uma verdadeira analogia entre nossas estruturas físicas e mentais; e acho que quando nossos corpos são mais fortes, o mesmo se dá com os sentimentos; estes são capazes de suportar os tratamentos mais rudes, e de enfrentar os mais árduos climas.”
Ale Helga diz
Ju que blog lindo!!! Amei
Jane é puro amor!!! Ainda não li esse, vou colocar na listinha para esse ano ainda…
Super Beijo