Separados pela guerra, ligados pela memória: uma história envolvente e instigante no rastro da Segunda Guerra Mundial.
Na Praga do pré-guerra, Lenka, uma jovem estudante de arte, apaixona-se por Josef, um médico recém-formado. Eles vivem cheios de ideais e de sonhos para o futuro, mas também são judeus e muito ligados à família. Casam-se, mas, pouco tempo depois, como tantas outras famílias, são separados pela guerra. As escolhas impostas pelo destino os afastam, mas deixam marcas permanentes: o caos e as informações truncadas dos tempos de guerra os levam a crer que o outro morre.
Na América, Josef torna-se um obstetra bem-sucedido e constrói uma família, apesar de nunca esquecer a mulher que acredita ter morrido. No gueto de Terezín, Lenka sobrevive graças aos seus dotes artísticos e à memória de um marido que julgava nunca voltar a ver. Apesar de todas as provações e dos infortúnios, mantém a chama daquele primeiro amor acesa, guardada em seu coração.
Da glamorosa vida em Praga antes da ocupação aos horrores da Europa nazista, Um Amor Perdido explora o poder do primeiro amor, a resiliência do espírito humano e a eterna capacidade de recordar.
Essa é a história de amor de Lenka e Josef que a guerra separou. A narrativa é contada em primeira pessoa pelos protagonistas e alternando entre os dois. O romance se inicia no começo da guerra e então temos uma noção de como era a vida das pessoas em Praga antes de tudo começar. Essa parte inicial livro foi um pouco morna para mim, se arrastou bem lentamente, mas voltou a engrenar nos 40% em diante da leitura. Não vou entrar em muitos detalhes para não soltar nenhum spoiler, mas a história conta sobre as vidas completamente diferentes que esses personagens tiveram separados pela guerra e o rumo distinto que se deu aos dois: Josef nos EUA e Lenka no gueto de Teresín.
Embora a história de amor dos dois tenha tido essa ruptura cruel por conta da guerra (afinal essa é a base principal do livro), fica claro que apesar de todo o sofrimento do amor perdido de Josef, é Lenka quem sofreu muito mais. Emocionalmente e fisicamente falando. Ela é quem VIVEU a guerra, ela é quem viu todos os HORRORES, ela é quem quase morreu. Então em praticamente todo o livro, eu tive muito mais empatia por Lenka a Josef (que em muitos aspectos eu o achava um pouco egoísta principalmente enquanto ele se referia a Amália, enfim… Foi esse meu sentimento, as vezes me irritava um pouco certas coisas que ele detalhava).
Embora essa história de amor seja uma ficção, há fatos e pessoas reais que existiram nesse período tão cruel da nossa história mundial: os desenhos das crianças do gueto que estão em um museu judaico de Praga, alguns nomes importantes, como era a vida no gueto de Teresín. Não foi uma das melhores histórias que li sobre esse tema, na verdade, acho que fica até um pouco longe disso, mas é um bom livro sim! Eu só acho que aquele comecinho e o final (pois um liga ao outro e só lendo pra saber) foi um pouco surreal e óbvio demais, eu teria dado um outro fim mais condizente com a realidade que uma guerra causa. Vou dar 4/5 xícaras porque demorou um pouquinho pra história me prender: