Claire Randall guardou um segredo por vinte anos. Ao voltar para as majestosas Terras Altas da Escócia, envoltas em brumas e mistério, está disposta a revelar à sua filha Brianna a surpreendente história do seu nascimento. É chegada a hora de contar a verdade sobre um antigo círculo de pedras, sobre um amor que transcende as fronteiras do tempo… E sobre o guerreiro escocês que a levou da segurança do século XX para os perigos do século XVIII.
O legado de sangue e desejo que envolve Brianna finalmente vem à tona quando Claire relembra a sua jornada em uma corte parisiense cheia de intrigas e conflitos, correndo contra o tempo para evitar o destino trágico da revolta dos escoceses. Com tudo o que conhece sobre o futuro, será que ela conseguirá salvar a vida de James Fraser e da criança que carrega no ventre?
Esse livro 2 de Outlander eu comecei a ler no final da viagem, se estendeu um pouco mais no meu ritmo de leitura porque nesse tempo eu li outro dois livros e porque eu também queria entender tudo muito bem. O livro 2 se refere também a segunda temporada da série e lembro que quando eu assisti achei bem chata e confusa. É quando Claire e Jamie fogem pra França e lá tentam de diversas formas impedir o levante Jacobita, afinal de contas, Claire tem o conhecimento trágico do que aconteceu na batalha de Culloden – batalha que levou o fim dos clãs e tradições das Terras Altas.
O começo é bem legal: com Claire no seu tempo “real” contando a Brianna quem é seu verdadeiro pai, ou seja, 20 anos se passaram e Claire não está mais na Escócia – disso eu lembro na série, mas não lembrava mais de quando exatamente ela entrou nas pedras novamente e voltou. Enfim… Daí, corta pra 200 anos atrás: as partes que retratam a França em 1744 não fluíram tão bem, assim como foi pra mim na segunda temporada da série, essa parte foi arrastada e cansativa em diversas descrições, mas o ponto positivo é que me ajudou a entender muito melhor toda a “política” da história de Reis, exílio, o levante pela retomada de trono, a causa jacobita, as tentativas de Claire e Jamie de impedir o levante e tudo mais. Ficou muito melhor explicado e conforme eu fui lendo e fui assistindo as temporadas também (sim, eu resolvi assistir tudo de novo e foi uma ótima decisão porque dá muito mais corpo pras coisas), consegui ter mais clareza na história.
“Liberdade e uísque andam juntos.”
A graça de Outlander, pra mim, é essa mesclagem fantástica que Diana Gabaldon faz da ficção com a história real, eu amo livros históricos que se misturam porque faz até parecer muito plausível a premissa fantasiosa de poder atravessar pedras mágicas e voltar no tempo. Depois da França, eles voltam para Escócia e nessa parte a leitura fluiu melhor: eles voltam para Lallybroch e Claire começa a sentir a sensação de finalmente pertencer a um lugar, gosto também muito de Ian, que é o marido de Jenny – irmã de Jamie no livro. Infelizmente tudo isso foi temporário, Jamie tem o seu nome publicado na declaração feita pelo próprio Charles (que é um completo idiota, tanto nas ações como até no jeito de falar) como leal à causa Stuart. Daí em diante deu pra entender melhor a sucessão de acontecimentos que levaram a batalha entre escoceses e ingleses como sendo algo realmente iminente afinal de contas.
E no meio disso tudo temos o AMOR GENUÍNO de Clarie e Jamie como literalmente algo que transcende as barreiras do tempo, toda grande história precisa de um grande romance. De fato, os calhamaços de Outlander tem muita história pra você mergulhar de cabeça, e mesmo já bem habituada com o tipo de narrativa super descritiva e minuciosa da Diana, acredito que especialmente ESSE segundo livro poderia ser um pouco mais enxuto (são 944 páginas!! – e o terceiro tem 992 *socorro*), mesmo assim foi uma leitura incrível, porque como eu disse: no livro eu entendi muito melhor o levante jacobita e todas as conspirações. Também preciso destacar alguns personagens de suma importância na história: Duque de Sandringham, Murtagh (eu amo a lealdade desse homem!!), Dougal Mackenzie, Jack Randall e até mesmo Geillis Duncan que tem um acontecimento no final do livro – outra coisa que eu também não me lembrava mais na série.
“Nossas mãos buscaram um ao outro, tateando à luz mortiça do sol poente, ansiosas pelo toque do calor da pele, pelo reconforto da carne, pela dureza do osso invisível sob a pele que nos fazia lembrar de como a vida é curta.”
Vou aguardar umas 3 semanas pra começar o terceiro livro, quero ler outras histórias só pra dar uma variada nas leituras, mas em breve eu já me jogo no terceiro. 4/5 xícaras:
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