U2 sempre fez parte da minha vida. Cresci ouvindo suas músicas e mesmo não sendo aquele tipo de fã que acompanha super de perto a banda e está sempre atualizada com tudo que acontece, eu SEMPRE amei U2. Quando a turnê foi anunciada aqui no Brasil eu já estava certa de que ia de um jeito ou de outro. Não podia perder essa, pois das outras vezes não teve como e ir a um show deles sempre fez parte da minha lista de shows que eu precisava assistir ao menos uma vez na vida. E aí quando começaram a vender os ingressos foi aquela palhaçada de sempre que só quem vai em shows aqui no Brasil sabe muito bem como é. Esgotou rápido no primeiro dia, segundo idem e eu já estava me frustrando quando por um acaso conversando um amigo, descobri que ele tinha conseguido dois ingressos a mais e estava vendendo.
Eu e Rick fomos no show do dia 19/10 – a primeira data anunciada e foi no estádio do Morumbi que estava completamente lotado! A turnê The Joshua Tree – em comemoração aos 30 anos do álbum, já passou por uma porrada de países e só aqui no Brasil serão 5 shows (4 já foram, o ultimo é na quarta) e se tivesse mais datas, certamente teria lotado da mesma forma. Eu não vou ficar detalhando tudo, mas posso dizer com toda certeza que foi um show maravilhoso, pra dizer o mínimo. A abertura foi com ninguém menos que Noel Gallagher que fez um ótimo show de abertura, cantando suas músicas de carreira solo e algumas memoráveis do Oasis. Mas quando o U2 entrou naquele palco o estádio inteiro veio abaixo. Que show. Que estrutura foda. E teve muita coisa no meio disso: Teve crítica a Trump, teve Larry Mullen vestindo uma camiseta com os dizeres “censura nunca mais”, teve citações de Martin Luther King no telão daquele palco monstruoso de enorme enquanto ele cantava Pride. Bono Vox é envolvido com diversas causas sociais. Seu ativismo aborda política, religião, pobreza e naturalmente essa abordagem também esteve presente nesta turnê, pra quem conhece o mínimo das ações humanitárias do Bono ou das letras das canções – principalmente alguns dos hits (especialmente desse álbum que levou o nome a turnê) sabe que isso é de praxe em seus shows. Bono está inteiraço pros seus 57 anos, não só ele, mas a banda toda também. Extremamente simpático e carismático com o publico, estava o tempo todo arranhando diversas palavras em português com aquele sotaque irlandês fofo, eu digo que é impossível não se apaixonar por Bono Vox.
E as músicas? Ah as músicas… Não tem como não se emocionar! Pra mim a parte mais marcante do show foi quando ele começou a cantar “where the streets have no name” enquanto cenas de uma estrada eram mostradas no telão. Eu chorava, tremia e cantava… Tudo ao mesmo tempo. É U2, né mores? Teve One, Beautiful Day, Sunday Blood Sunday, Whith or Without You também e nossa… Eu saí daquele estádio como se tivesse flutuando e no outro dia eu ainda estava anestesiada com esse show. Não fiz nenhuma foto porque 1) da onde eu estava as imagens não iam ficar legais 2) eu estava com pouca bateria e ia precisar do celular pra voltar pra casa 3) eu queria aproveitar o máximo do show e não ficar me apegando em fotos, guardei tudo na minha memória.
U2 sempre vai fazer parte da minha playlist, são canções que em algum momento da nossa vida vão nos marcar em alguma coisa, essa é uma das magias que a música nos proporciona e eu tenho várias do U2 marcadas na minha vida… Acredito também que dado ao cenário um tanto quanto sombrio do mundo que temos nos dias de hoje, essa turnê também desperta uma reflexão mais humanística dentro de nós, precisamos sim e cada vez mais de vozes como a de Bono Vox.
Rodrigo César diz
Estive no show de domingo e foi incrível, como você bem disse!!!
U2 é muito amor!!!!
Um show pra ser contemplado!
Um show para ser apreciado e degustado!
Um show pra ser sorvido!
Um show pra gente refletir sobre o próprio lado humanitário!!