
Eu não sei dizer a data exata em que ela nasceu, mas sei a data exata em que ela entrou na minha vida e esse dia é hoje. Há um ano atrás decidimos adotar um gatinho e como dizem que são os animais que escolhem a gente e não a gente que escolhe, foi a Amélie – a cinza fosca no meio de todos os irmãos coloridos, que escolheu a gente.
Vocês lembram que no começo, por ser tão pequena, achamos que fosse um menino e só depois de alguns dias que a veterinária nos disse que era, na verdade uma mocinha né? De todos os gatos em casa, Amélie é que tem a personalidade mais forte; na bagunça ela é aquela que só observa com olhar blasé, mas quando resolve pegar fogo na brincadeira é ela que toca o terror. Ama ficar no meu colo, sentada como uma esfinge e com uma das patas no meu braço como se quisesse dizer: eu estou sempre aqui. Amante convicta de caixas de papelão. Quando não quer papo ela se isola no escritório do Rick, seu humor é incrível principalmente na parte da manhã: deita, rola, vira de barriga pra cima pra pedir por carinho. Cuida dos outros gatinhos – que são todos meninos, como se ela fosse a mãe deles e tem uma paciência de Jó pra isso.
Amélie é teimosa, tal qual como eu. Se está fazendo uma coisa errada e você chama a atenção, ela te olha sem precisar dizer: “mas sou eu que mando aqui, humana”. Foi com ela que comecei a entender o valor imensurável de uma adoção, foi com ela que começou esse meu amor incondicional por gatos. Amélie faz tão bem jus ao nome, que me mostra todos os dias que a vida é feita de pequenas felicidades.
Amelie é uma coisa linda! E que olhar, Ju! <3