Esse é mais um filme da Netflix, baseado em um livro que a história adaptada pro cinema ficou fantástica. O título longo é até engraçado e desperta a curiosidade, mas vamos primeiro a sinopse:
“Juliet Ashton (Lily James) é uma jovem escritora, com falta de inspiração, que logo após a Segunda Guerra Mundial recebe uma carta de um membro da misteriosa Sociedade Literária de Guernsey, uma organização formada durante o período de ocupação nazi. Curiosa, Juliet decide ir até às ilhas de Guernsey e encontra-se com os excêntricos membros da Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata, entre os quais se encontra Dawsey (Michiel Huisman), o charmoso e intrigante agricultor que esteve na origem da carta. As suas confidências, a sua ligação à ilha e aos seus habitantes e a crescente afeição que nutre por Dawsey irão para sempre mudar o curso da vida de Juliet.”
A Sociedade Literária é um romance que se passa durante e após a Segunda Guerra Mundial. É uma história que conta como os livros são capazes de mudar e transformar a vida das pessoas, principalmente nos momentos mais sombrios. O clube do livro surgiu para essas pessoas como uma mentira dita aos alemães para se safarem de uma situação, os seus integrantes que são amigos em comum relatam como foi reconfortante essa reunião em dias tão difíceis na guerra e como alguns livros foram importantes e um grande reconforto para eles.
Mas o que eu mais AMEI DE PAIXÃO foi encontrar as referências literárias e nomes de autores clássicos e famosos que eu tanto amo – especialmente os ingleses como Jane Austen e as irmãs Brontë. Mas tem também Shakespeare, Charles Lamb entre outros como Virginia Woolf, Charles Dickens que estão na mista lista de leitura.
“O que foi que você disse para Isola? Ela parou aqui quando estava indo buscar Orgulho e Preconceito e ralhou comigo por nunca ter contado a ela sobre Elizabeth Bennet e o sr. Darcy. Por que ela não fora informada de que havia histórias de amor melhores por aí? Histórias que não estavam cheias de homens desajustados, de angústia, de mortes e cemitérios! O que mais tínhamos escondido dela?”
Todos os personagens possuem alguma característica especialmente apaixonante: particularmente eu gostei muito da solitária Isola, pois ela é uma fã irremediável de O Morro dos Ventos Uivantes à espera de seu Heathcliff, mas também, não tem como deixar de não se apaixonar pelo personagem cativante de Eben quando ele está lendo um livro de Jane Austen ao grupo e elogia a forma como a autora escreveu suas obras, ou da protagonista Juliet ao defender com unhas e dentes Jane Eyre de Charlotte Brontë, eu desejei e me vi participando dessas reuniões porque pra quem ama literatura essa história é um prato cheio.
“A Sociedade literária e a Torta de Casca de Batata” é uma história sobre amor, coragem, sobre partilhar e ajudar ao próximo, sobre vidas distantes que se cruzam através de uma ligação comum e como isso muda pra sempre e pra melhor a vida das pessoas, principalmente quando tudo isso acontece nos momentos mais tristes. Praticamente quase todo o elenco é de Downton Abbey o que eu amei, porque são atores fantásticos.
“(….) é fascinante o carinho com que tratam os livros. Cada morador da ilha acabou se agarrando a um (ou a vários) autores para tentar dourar a pílula enquanto os alemães invadiam a ilha e os privavam de tudo. É lindo ver como os livros possuem esse poder, de nos resgatar de nós mesmos até quando tudo parece escuro.”
Vou deixar o trailer pra vocês se animarem, fica como dica de filme pra esse feriado:
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