Baseado em uma história real, “A luz na escuridão” foi escolhido para o Clube do Livro da Reese Witherspoon
Era 1943 e já fazia quatro anos que a jovem Stefania trabalhava para os Diamant na loja da família em Przemyśl, na Polônia, cantando seu caminho até as vidas e corações de todos. Ela chegara até a fazer uma promessa a um dos filhos da família, Izio ―um noivado que deveriam manter em segredo, já que Stefania era católica e os Diamant eram judeus.
Mas tudo muda quando o exército alemão invade Przemyśl. Os Diamant são forçados a ir para um gueto e Stefania fica sozinha em uma cidade ocupada, a única pessoa que restou para cuidar de Helena, sua irmã de seis anos. E então há uma batida na porta. O irmão de Izio, Max, havia pulado do trem a caminho de um campo de concentração.
Stefania e Helena tomam a admirável decisão de esconder Max e mais doze judeus. E então, todos os dias, as irmãs passam a esperar a próxima batida na porta, a que significaria sua morte. Quando o dia finalmente chega, quem bate são dois oficiais nazistas: o exército alemão estava requisitando a casa delas para abrigar a equipe do hospital que havia acabado de abrir do outro lado da rua. Com treze judeus escondidos no sótão, duas enfermeiras nazistas dividindo a casa e uma irmã pequena ao seu lado, Stefania tem mais uma decisão excruciante a tomar. A luz na escuridão traz uma narrativa inspiradora e emocionante sobre uma jovem polonesa que escolheu a coragem e humanidade ao esconder treze judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
O livro é uma história real sobre o heroísmo e coragem de Stefania Podgorska, uma jovem mulher que salvou a vida de 13 judeus escondendo-os em sua casa, sendo assim arriscando sua própria vida e a vida de sua irmãzinha Helena, de apenas 6 anos. Histórias da Segunda Guerra são sempre carregadas de muitas emoções, de tragédias, mas sobretudo, em muitos relatos, também encontramos a humanidade, o sacrifício e a coragem do ser humano ao desafiar todos aqueles que foram responsáveis pelos piores períodos da nossa história.
Stefania ou Fusia – como era chamada, passa por momentos de completo desespero e tensão, a trama também apresenta a complexidade das relações humanas durante o período da guerra, mostrando Stefania tendo que lidar com as enfermeiras nazistas que compartilham sua casa, enquanto esconde treze judeus em seu sótão, e pra mim, esse foi um dos momentos mais tensos do livro.
Quando terminei o livro eu fui pesquisar sobre Stefania Podgorska, Helena e a rua Tatarska. Ela casou-se com Max (que mudou de nome para Josef Burzminski) viveu em Israel após a guerra e em 1961 emigrou para os EUA e tirou o diploma de dentista. Também teve um filho e uma filha. Ela e sua irmã – Helena – que permaneceu na Polônia, se casou e se tornou uma médica – foram homenageadas em 1979 pelo Yad Vashem, em Jerusalém, como Justas entre as Nações. Stefania faleceu em setembro de 2018 antes desse livro ser concluído, mas seu legado e sua coragem jamais serão esquecidos. 5/5:
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