Ally e Charlotte poderiam ter sido grandes amigas se David nunca tivesse entrado em suas vidas. Mas ele entrou e, depois de ser o primeiro grande amor (e também a primeira grande desilusão) de Ally, casou-se com Charlotte.
Oito anos depois do último encontro, o que Ally menos deseja é rever o ex e sua bela esposa. Porém, o destino tem planos diferentes e, ao longo de uma noite decisiva, as duas mulheres se reencontram na sala de espera de um hospital, temendo pela vida de seus maridos. Diante de incertezas que achavam ter vencido, elas precisarão repensar antigas decisões e superar o passado para salvar aqueles que amam.
Com a delicadeza tão presente em seus livros, Dani Atkins mais uma vez nos traz uma história de emoções à flor da pele, um drama familiar comovente que não deixará nenhum leitor indiferente.
Eu terminei de ler esse livro ontem à noite e nem sei como começar direito essa resenha porque essa história me impactou de tantas formas que eu estou até agora meio abalada. E eu amo quando isso acontece. Eu amo quando uma história te segura pelos ombros, te dá um belo sacode e depois enfia a mão no seu peito e arranca o seu coração fora. (Acho que deu pra perceber que eu sou aficionada por um drama, né?). Esse é o segundo livro que eu leio de Dani Atkins, o primeiro foi “Uma Curva No Tempo” que é uma história boa, somente boa e nada muito espetacular, mesmo envolvendo um tema um pouco mais profundo que você só acaba descobrindo mais pro final, é uma história digamos: apenas ok.
Então, mesmo após ter lido algumas resenhas, eu estava esperando algo mais pra esse tipo de narrativa da autora, mas “Nossa Música” é completamente diferente. Eu diria até que dá a impressão de ter um certo amadurecimento por parte da autora porque ela não economizou com tragédia nesse livro e soube abordar muito bem todo o cerne da história. A narrativa é feita em primeira pessoa por duas personagens: Ally e Charlotte alternando entre passado e presente e que em pararelo envolvem seus maridos – Joe e David respectivamente. Eu não vou me aprofundar muito em contar a trama pra não perder a graça, mas é uma história de deixar os nervos e sentimentos a flor da pele do começo ao fim. Você entra no lugar das duas personagens e sente o sofrimento pelo o que elas estão passando de uma maneira muito crua e direta, a autora detalhou isso de uma maneira bem real mesmo e sem rodeios, mexeu demais comigo.
O passado e o presente se entrelaçam de uma maneira que jamais ninguém poderia imaginar. E nisso ambas acabam se conhecendo em quem são de verdade, em sua essência. Há muitos pingos nos “is” a serem colocados e muitas mágoas do passado que abrirão certas feridas novamente, algumas delas que nem mesmo o tempo conseguiu curar. Mas no meio de tudo isso, há algo muito maior em jogo, algo que inevitavelmente mudará a vida das duas pra sempre e é aí que enxergamos claramente como é a fragilidade da vida.
Nos últimos capítulos eu achei que a autora poderia ter aprofundado um pouquinho mais, achei só um pouquinho corrido, mas nada que estrague a história, muito pelo contrário. O final era como realmente eu já havia pensado, até mesmo porquê não teria como ter outro desfecho, o que não deixou de ser extremamente emocionante e muito doloroso mesmo assim. É o tipo de livro que você indica a alguém já preparando a pessoa pra estar munida de uma caixa de lenços. Terminou como imaginei que terminaria e, que pra mim, daria até uma boa continuação. 5/5 xícaras:
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