“O grande Gatsby é o romance americano definitivo sobre os anos prósperos e loucos que sucederam a Primeira Guerra Mundial. O texto de Fitzgerald narra a história de amor de Jay Gatsby e Daisy. Ela, uma bela jovem de Lousville e ele, um oficial da marinha no início de carreira. Apesar da grande paixão, Daisy se casa com o insensível, mas extremamente rico, Tom Buchanan. Com o fim da guerra, Gatsby se dedica cegamente a enriquecer para reconquistar Daisy. Já milionário, ele compra uma mansão vizinha à de sua amada em Long Island, promove grandes festas e aguarda, certo de que ela vai aparecer. A história é contada por um espectador que não participa propriamente do que acontece – Nick Carraway. Nick aluga uma casinha modesta ao lado da mansão do Gatsby, observa e expõe os fatos sem compreender bem aquele mundo de extravagância, riqueza e tragédia iminente.”
Desde já vou começando esse post dizendo que se você procura por uma história cheia de aventuras, finais felizes ou grandes reviravoltas, O Grande Gatsby não é pra você. Mesmo assim, é uma ótima história. Mesmo com uma narrativa mais lenta, ela flui perfeitamente e fica um livro gostoso de ler. Não é necessariamente aquele tipo de livro que te prende desde o começo e que você só sossega quando lê o próximo capítulo pra saber o que vai acontecer, mas Gatsby é uma história muito reflexiva sobre a vida e as pessoas. Vi algumas resenhas bem críticas sobre esse livro dizendo que ele é bem chato de ler, acredito que isso seja porque muita gente quando vai ler um clássico coloca todo tipo de expectiva em cima da história e não se atenta pra mensagem que o autor realmente passa, como se aquela (ou toda) obra tivesse algum tipo de obrigação em ser eletrizante. Nem todo livro precisa ser assim. Especialmente quando estamos lendo um clássico. E não confunda: O Grande Gatsby não é um livro chato ou cansativo de ler, longe disso, mas como disse, é um livro pra se ler mastigando bem devagar e ir refletindo em cada capítulo.
Cada personagem tem uma característica muito marcante. Com o tempo você vai percebendo que Gatsby é um personagem sonhador e apaixonado, alguém muito profundo em sua essência que vai muito além do dinheiro e das festas luxuosas que dava. Nicky é o narrador da história, aquele que vê tudo com um outro prisma e talvez exatamente por isso que no fim, você se dá conta que, mesmo Gatsby estando sempre rodeado de pessoas, Nicky é quem foi o seu único e verdadeiro amigo. Daisy é uma mulher totalmente apática e vazia. Completamente mimada e soberba, você entende porque uma mulher como ela está com Tom (que é o seu marido e um cara tão vazio quanto ela) e não com Gatsby. Se merecem. Penso que o amor de Gatsby por Daisy foi na verdade só o pano de fundo pro livro e não o ponto central da história. E é aí que quando o livro acaba, a gente faz alguns questionamentos: Gatsby realmente a amava ou amava estar com ela? Até que ponto vale a pena fazer de tudo para estar com alguém ou ser alguém?
A adaptação mais recente foi pro cinema com o querido Leozinho diCaprio em 2013:
“Se a personalidade é uma série continua de gestos bem-sucedidos, então havia algo de grandioso naquele homem, certa sensibilidade exaltada às promessas da vida.”
Vai ganhar 5/5 das xícaras porque acredito que este livro, seja do tipo “leitura obrigatória” à todos:
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