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Minha primeira meia maratona!

outubro 11, 2016

Há pouco mais de um ano eu estava começando a correr, mais precisamente há um ano e quatro meses. Eu não imaginava que a corrida fosse mudar tanta coisa em mim e na minha vida. Conheci pessoas, corri em muitos lugares e finalmente me encontrei num esporte que eu tive a certeza que não iria enjoar ou abandonar depois de um tempo. Por consequência ajustei minha alimentação, mudei meus hábitos, passei a ter uma vida zero sedentária e total de hábitos muito melhores. Hoje faço musculação e corrida e isso já virou uma rotina tão essencial pra mim que, quando tenho que deixar de treinar por algum compromisso ou qualquer coisa do tipo, eu já sinto falta. Me acostumei com a prática de esportes e os resultados vieram: controlo melhor minha ansiedade, esteticamente eu estou bem satisfeita com meu corpo e o melhor de tudo: minha saúde está melhor do que nunca, eu que sempre tive o colesterol mais elevado por conta da hereditariedade de família, baixou de um ano pra cá pro nível ótimo – segundo meu ultimo hemograma.

Correr também me trouxe uma ótima companhia e incentivo: o Rick. Ele entrou nessa junto comigo, perdeu peso, vai pra academia comigo, treina corrida regradinho (melhor que eu, confesso) e hoje corre muito bem e, é rápido. Um incentiva o outro e juntos, estamos criando bons resultados e benefícios. Ano passado nessa época eu corria 5k e nada além disso, mesmo porque eu estava começando. Lembro que no começo do ano eu fiz minha primeira corrida de 10k e quando terminei e eu pensei: “G-zus, correr 5 até vai, mas 10 é loucura”, *risos*, semanas depois eu já estava achando 5k pouco pra mim, já estava correndo lindamente nos 10k e aí comecei a pensar assim, bem despretensiosamente mesmo, em quem sabe um dia, correr uma meia maratona.

Até então, eu ainda não tinha certeza sobre nada… Na verdade, meu plano inicial era fazer uma meia maratona somente em 2017, mas aí eu me inscrevi pros 16k da Athenas que foi em agosto e quando consegui completar e chegar inteira nessa corrida, pensei: ‘Uau! eu ACHO que consigo uma meia maratona ainda esse ano.’ Enfatizei o “ACHO” porque eu tenho um defeito muito grande de muitas vezes não confiar no meu verdadeiro potencial. De querer fazer, mas não botar a fé de achar que vou conseguir, o fato é que eu tenho uma predisposição pro drama quando o assunto é comigo mesma, especialmente aqueles dramas carregados de clichês como os mexicanos, mas quando eu vou lá e faço, aí que acredito que era capaz sim. Só que acreditar depois de já feito é muito fácil, né? Mesmo porquê, se eu me doasse esses mesmos créditos antes, talvez o caminho seria até mais suave pra mim… Cansei de ouvir o Rick me dizer: “Para de ser boba, é claro que vc consegue. Confie mais em você.” e isso é algo que ainda tenho muito que aprender, mas eu ainda vou voltar nesse assunto…

Depois desses 16k, na outra semana mesmo, nos inscrevemos pra Meia Sampa que seria no dia 9 de Outubro. Trajeto reto, sem grandes e absurdas subidas, o clima ainda não estaria tão quente, uma corrida muito bem cotada entre corredores e eu pensei: “SEGURA ESSE FORNINHO, JULIANA” Comecei a treinar com uma planilha e confesso: eu odeio planilhas! Apesar de necessárias, principalmente dependendo do seu objetivo e distância, elas te ajudam a se manter na linha, ter melhores resultados, mas odeio planilhas mesmo assim porque não é todo dia quero quero seguir a risca o que está ali ou justo naquele dia de treino que eu não tô afim de correr, que eu estou com o corpo cansado, enfim… O lance é que, logo depois dos 16k da Athenas, possivelmente por ter dado uma baixada na minha imunidade, eu peguei uma sinusite bacteriana que me derrubou por um mês. Fiquei ruim mesmo, foi praticamente um mês a base de antibióticos, inalações, respirando pela boca e não sentindo gosto de comida alguma. Essa parte não é drama, eu fiquei lascada mesmo. Quando melhorei, investi em alguns complexos vitamínicos por orientação do meu professor da academia, afinal, treino + corrida consome muito do corpo. Voltei a treinar, voltei a correr e foi aí que o bicho pegou: se você fica um tempo sem correr, quando você volta, é praticamente como começar do zero. Até você acostumar o corpo de volta é um processo bem chatinho, talvez isso seja algo que nem aconteça com todo mundo, mas comigo foi assim… Eu não estava rendendo como queria, não estava vendo evolução e eu tinha um pouco mais de um mês pra meia maratona.

Mesmo assim continuei, muito em parte pela minha teimosia, mas principalmente pelos incentivos do Rick que, foram fundamentais pra eu seguir em frente… Por inúmeras vezes ouvi dele nos treinos (enquanto estava praticamente cuspindo meus pulmões pela boca): “Encaixa essa respiração”, “Acerta esse pace”, “Olha a postura, você tá toda torta correndo” e nos poucos dias que fiquei desanimada, que por um breve momento acreditei que o melhor talvez fosse deixar esse plano mais pra frente, eu fui me reerguendo… Fui de uma forma – bem tosca ainda, confesso – acreditando mais em mim, até o dia que eu tive certeza: depois um longão que tivemos e eu fiz 18k em 1:51, nesse dia eu pensei: “EITA QUE AGORA VAI SIM!”

No dia da Meia que foi nesse ultimo domingo, apesar da ansiedade da expectativa – algo absolutamente normal, eu estava incrivelmente calma (porra, pra uma pessoa mega ansiosa vai entender, né?). Eu nunca me preocupei com tempo, com que: – minha nossa eu TENHO que fazer tantos quilômetros em um tanto de tempo, com essa coisa de competir que muitos tem (não estou criticando, apenas dizendo que isso não é o que procuro), porque como já disse aqui: a competição é apenas comigo mesma e mais ninguém. Eu só quero completar e de preferência chegar inteira. O dia estava bonito, não estava quente e o trajeto foi lindo. Começou a corrida e eu só consegui “me encaixar” mesmo pouco depois do quilometro 4, quase virando pro 5 e lá pelo quilômetro 7 (quando na minha cabeça eu calculei: já fiz 1/3 dessa porra toda) eu achei que tudo estava, apesar de estar em um pace bom, demorando demais… Não virava o quilometro sabe? Toma gel, toma água, pensa em coisa boa, acerta a respiração, prestenção na passada, menina! olhe a paisagem, curta o momento e corra, por favor, apenas corra.

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Depois dos 10k eu não me preocupei com mais nada, esse é aquele momento ápice de uma corrida que sua cabeça simplesmente desliga de qualquer coisa externa e você só vive aquilo, sabe? Seu corpo simplesmente vai… E isso é uma sensação imensuravelmente maravilhosa. Mas aí, lá pelo quilometro 17 os sinais de cansaço começaram a ficar mais evidentes e eu pensei: “tá, só falta mais 4… 4k não é nada pra quem já fez 17, né?” o que na verdade, não é nada o cacete… ainda mais pra uma primeira meia maratona, quando à essa altura, você sente dor até no fio de cabelo e eu já estava bem cansada, mas também já tinha resolvido na minha cabeça que de um jeito ou de outro eu ia completar, porque o incrível de uma longa distância principalmente, é que numa corrida, o físico obviamente é a parcela que mais conta, mas o psicológico é imprescindível. Quando entrei na reta final, faltando 1 quilômetro – aquele único 1 quilômetro que parecia que nunca mais iria acabar – um senhor de 64 anos, maratonista e que amou minhas tatuagens me acompanhou e eu o acompanhei… Eu estava bem cansada e ele estava com cãibra nas duas pernas:

eu: “- eu estou bem cansada”
ele: “- vamos juntos, te acompanho até o final”

depois de uns minutos:

ele: “- estou com cãibras nas duas pernas”
eu: “- vamos juntos, te acompanho até o final”

Sendo assim nos ajudamos nos últimos metros finais (psicológico é fundamental, lembram?) e aí cruzei a linha de chegada. Lembro de ter batido minha mão com a dele e ambos terem dito um “parabéns” e foi isso. Eu não sei colocar em palavras o sensação desses segundos que acontecem quando você cruza uma linha de chegada, porque parece que por um breve momento, bem breve mesmo, não existe mais dor, não existe mais cansaço, você não escuta nada em volta e a sensação de dever cumprido e satisfação é muito, muito grande. Rick e amigos estavam me esperando depois da chegada e eu não segurei mais, chorei mesmo! Chorei porque se eu choro até com comercial de margarina, é óbvio que eu ia chorar na minha primeira meia maratona ahahahahaha. Eu consegui completar, eu fiz minha primeira meia maratona. Foram 21 quilômetros que cada passo que eu dei, serviu pra eu sempre me lembrar que se eu quero, eu posso e consigo, serviu pra eu dar um calabokitos pra aquela parte da minha mente que as vezes fica me martelando: “será que eu consigo?” que mais do que nunca, eu não posso nunca deixar de acreditar e mim e que se quero, é só literalmente, correr atrás.

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Comentários

  1. Douglas Costa diz

    outubro 11, 2016 em 6:42 pm

    Foi a mesma sensação que senti após cruzar a linha de chegada da primeira corrida 5k. Relembrei tudo. Os dias qie quase morri no hospital, a recuperação de quem não conseguia ficar 5 minutos em pé pq perdeu a massa magra nos 42 dias que ficou internado.

    Cruzei a linha de chegada achando que era o primeiro hahhahah as lágrimas se misturaram com o sorriso a lá Coringa. Uma pena que não tinha nenhum fotógrafo para tirar foto da minha alegria. Como já disse no Facebook para vc e o Rick. Parabéns mais uma vez!! E me segura já já será eu que vou viver essa experiência, experiência de completar uma meia maratona.

    #run #vamujunto

    Responder
  2. Tiago Tavares diz

    outubro 11, 2016 em 7:12 pm

    Fiquei emocionado de ler a sua história, e seu que comigo não será diferente, e tenho certeza que em breve correremos juntos.
    Além da sua história, fico feliz pelo Ricardo, eu via a vida daquele rapaz virar fumaça naqueles maços de cigarro.

    Parabéns mesmo! Meus ídolos!

    Tiago

    Responder
  3. Raquel Arellano diz

    outubro 11, 2016 em 9:04 pm

    Essa tua última foto mostra como os olhos falam mais do que qualquer palavra. Pra algumas pessoas pode parecer bobeira mas diga aí se essas corridas não são belas metáforas sobre a vida? Treino, treino, acreditar, correr (literalmente) atrás? No dia, a gente aproveita TUDO, até mesmo as coisas que parecem querer nos derrubar. E a gente chega ao fim. E aí, meu amigo, é felicidade em forma de endorfina, de abraço, de palavra amiga. Você conseguiu, Ju. Que orgulho! <3

    Responder
  4. Rodrigo César diz

    outubro 12, 2016 em 12:25 am

    Uau!!!
    Cara, você é foda! Eu chorei lendo seu texto! AMEI MAIS QUE TUDO!!!!!!
    Sou seu fã declarado!

    Responder
  5. Micha diz

    outubro 13, 2016 em 1:12 am

    Amei o relato. Emocionante. E que fofo esse senhor que te apoiou e depois você pode retribuir o apoio. O esporte é lindo demais.
    Parabéns!!! Bjs

    Responder
  6. cristiane diz

    outubro 13, 2016 em 9:23 pm

    Ju texto emocionante e inspirador… Amei…
    Meus parabéns pra vc e pro quarteto fantástico bjussssss Cristiane

    Responder
  7. R10 diz

    outubro 14, 2016 em 1:20 pm

    SEN SA CI O NAL, sem mais, sou seu Fã Joleana *-*
    PARABENSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

    Responder

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juliana. bruxa. taróloga. magia natural. mãe de gatos. muitos livros. viagens. dias nublados. outono. inverno. chuva e café. criadora do condado velas literárias.

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🌙✨ As cartas são mapas, mas a jornada é sempre nossa — o Tarot apenas nos mostra o caminho.
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Vocês sabiam que existe um deck de Tarot da Rita Vocês sabiam que existe um deck de Tarot da Rita Lee?

Em 2021, Rita Lee, surpreendeu fãs e críticos com um projeto tão mágico quanto sua personalidade: o livro "Rita Lee: Uma Autobiografia" ganhou uma edição especial em formato de baralho de tarot, onde cada arcano maior representa um capítulo de sua vida lendária. Mais do que uma biografia, a obra se tornou um oráculo de liberdade, caos e poesia.

Rita sempre foi uma bruxa moderna — desde os ritos psicodélicos dos Mutantes até suas letras cheias de simbolismo. O tarot, com sua linguagem de arquétipos, captura a essência de sua vida: imperfeita, sagrada e rock ’n’ roll.

Rita, que sempre misturou misticismo e rebeldia em sua arte, encontrou nos 22 Arcanos do Tarot a metáfora perfeita para sua jornada:

 - A Louca (O Louco): Sua fuga do convento na adolescência, simbolizando a coragem de seguir intuição.

 - O Mago: Os Mutantes e a alquimia musical dos anos 60/70.

- A Força: Sua resistência ao câncer.

- A Morte: As transformações radicais (inclusive a saída dos Mutantes).

- A Estrela: Seu legado como ícone da cultura brasileira.

Cada carta traz trechos de sua autobiografia, fotos raras e frases icônicas, como "Lixo é luxo" ou "Só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão"

Ela dizia que se via em todas as cartas do Tarot e, não é a toa, que seu destino parece ter sido escrito nas cartas: libertação, criação e um pouco de caos.

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