“Nesse romance histórico, um testemunho da coragem daqueles que ousaram enfrentar o sistema da Alemanha nazista, o leitor será conduzido pelos horrores vividos dentro dos campos de concentração nazistas e verá que o amor não pode ser limitado por muros e cercas.
Lale Sokolov e Gita Fuhrmannova, dois judeus eslovacos, se conheceram em um dos mais terríveis lugares que a humanidade já viu: o campo de concentração e extermínio de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial. No campo, Lale foi incumbido de tatuar os números de série dos prisioneiros que chegavam trazidos pelos nazistas – literalmente marcando na pele das vítimas o que se tornaria um grande símbolo do Holocausto. Ainda que fosse acusado de compactuar com os carcereiros, Lale, no entanto, aproveitava sua posição privilegiada para ajudar outros prisioneiros, trocando joias e dinheiro por comida para mantê-los vivos e designando funções administrativas para poupar seus companheiros do trabalho braçal do campo.
Nesse ambiente, feito para destruir tudo o que tocasse, Lale e Gita viveram um amor proibido, permitindo-se viver mesmo sabendo que a morte era iminente.”
Eu ganhei esse livro de presente de Natal de duas amigas muito queridas. E gente… Que história. “O Tatuador de Auschwitz” é a história de Lale – um jovem judeu, que fora recrutado aos 24 anos para trabalhar em um campo de concentração. E mesmo com todas as atrocidades de um campo de concentração, Lale conhece Gita e se apaixona por ela, a partir daí manter-se vivo é uma promessa que Lale faz a Gita, manter-se vivo é o único caminho (mesmo que incerto) a seguir, uma forma de rebeldia aos horrores da guerra e é nesse contexto que toda a história de desenrola.
É uma narrativa dolorida de se ler. Dormir sem saber se existirá um amanhã é devastador, acho que nenhum de nós consegue imaginar como é isso. Mas Lale sempre se mantém esperançoso e ainda consegue passar essa esperança para outras pessoas. “O Tatuador de Auschwitz” é uma história pesada, cheia de perdas, crueldade e incertezas como toda história de Segunda Guerra.
É uma história real também, a autora entrevistou Lale durante 3 anos e segundo ela, Lale tinha “um senso de culpa equivocado” pois temia que as pessoas o vissem como um colaborador dos nazistas devido a sua atividade exercida em Auschwitz e isso o atormentou até a velhice, somente seus amigos mais chegados sabiam da sua história. Lale faleceu em 2006 e Gita em 2003. “O Tatuador de Auschwitz” é um livro curto, mas carregado de emoção e apesar de tudo, uma história de amor que sobreviveu a guerra. Vai ganhar 5/5 das xícaras:
“Quando passamos anos sem saber se daqui a cinco minutos estaremos vivos, não há nada com que não possamos lidar.”
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